A docilidade dos animais o deixou impressionado. Ele percebeu que era uma raça realmente diferenciada. O que levou a investir mais com a consciência de que poderia ser um excelente negócio.
“Saber que tem gente de muito peso, que conhece o mercado, como o Ricardo, investindo, me incentivou ainda mais”, revela ele. E se ainda existiam dúvidas a respeito do novo investimento, elas se dissiparam quando Leo saboreou a carne do Senepol: “É a carne mais macia do mundo. Eu nunca comi nada igual na minha vida. É impressionante”.
É verdade que trata de uma raça ainda pouco disseminada no Brasil. Ricardo enumera a existência de um rebanho de cerca de três mil animais.
O que para muitos pode soar negativamente, mas que para Leo é algo que muito o motiva. “Para mim é importante que a raça ainda esteja crescendo no país, porque não entraria jamais num negócio que está firmado, comprovado e estourado.
Prefiro ser pioneiro numa história”, argumenta. Ele relata ainda que já chegou a ser convidado para entrar no ramo da pecuária por meio do zebu. Mas não aceitou por acreditar que o mesmo já chegou num patamar de elevado progresso e que a concorrência com os atuais criadores poderia demandar anos de investimento em melhoramento genético.
Leo reconhece que o zebu é extraordinário, mas crê que o Senepol, um taurino, tem muito a somar. “Nós não estamos falando que somos os melhores, e sim que somos muito bons nos quesitos que hoje em dia exigidos pelo mercado”.
E os quesitos característicos da raça a que ele se refere são: pêlo zero, caráter mocho, menor infestação de ectoparasita, carne macia, produtividade, desmama mais pesada, fertilidade, padronização, docilidade, precocidade, rendimento de carcaça, rusticidade, longevidade, facilidade de manejo e habilidade materna.Ricardo concorda com o amigo e parceiro.
Para ele a cadeia de produção da carne bovina tem direcionado esforços no sentido de estar cada vez mais atenta para atributos de qualidade, com o objetivo de melhor atender às expectativas do consumidor, cada dia mais exigente.E o Senepol, por ser uma raça que vem surpreendendo por suas características bastante peculiares, deve atender tranquilamente esse mercado.
Somado a isso vem o reconhecimento do Brasil como a maior promessa para o abastecimento de proteína animal no mundo. “Hoje a necessidade do país é de 1 milhão e 200 mil touros por ano para cobrir a vacada a campo. Então, olha o potencial que o Senepol tem para crescer. Isso porque ele tem a eficiência do zebu a campo e a eficiência do taurino em acabamento. Por isso digo que a raça do futuro passa pelo Senepol”, acredita o presidente.
Fonte: Revista Produz ano IV número 39 - 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário